sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Ondulações de ti...

























Como é atraente esse mar...
Como é inebriante essa maresia
e como é agradável sentir o toque,
ora suave,
ora turbulento,
mas sempre penetrante,
de tal ondulação...

Peça a peça, dispo a roupagem social
que deixo cair, abandonada, no areal...
e inteira e completamente nu,
entro no teu mar, sentindo no ondular,
a temperatura do teu sentir...

E nado nas tuas palavras,
sentindo-as em mim...
E rescrevo-as com o meu sentir,
sentindo-as em ti...

E nadamos juntos como dois golfinhos,
tocando e roçando as peles nuas,
despidos de tudo o que já não importa,
apenas sentindo o que desejamos sentir
e desejando o que sentimos querer vir...

Escutamos ribombar o trovão
sentindo próxima a tempestade,
O mar altera-se e torna-se picado,
agitando em turbilhão as nossas emoções...

Um contra o outro atirados,
senti-mo-nos agarrados,
nos corpos apertados,
possuídos, encaixados,
entregues e beijados,
lambidos e chupados,
pelas emoções devorados.

Juntos cavalgamos o furacão,
guiados pelo fogo da paixão.

Sei que a tempestade acaba
e que logo voltarei ao areal,
atirado pela força deste mar...

Mas não quero pensar nisso agora,
apenas viver tão sublime momento,
sentir em nós o que está para vir,
mergulhar nas emoções e agitar as águas
provocar a tempestade e senti-la...
afinal ela é nossa!

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