terça-feira, 7 de junho de 2011

No elevador...

Não foi a primeira vez que nos cruzámos ali naquele imenso edifício onde trabalham e entram e saem centenas de pessoas de olhares distantes e atarefados. Também não foi a primeira vez que os nossos olhares se cruzaram e tocaram, disparando aqueles sorrisos que nos penetram até ao fundo da alma.

Fim de tarde. Eu hoje estou já de saída, apertado contra o fundo do elevador quando a porta se abre e te vejo do outro lado da multidão aguardando para entrar.

Hoje contrarias o fluxo que sai rapidamente e eu, não me mexo, observando cada um dos teus movimentos. Avanças como uma felina sobre os teus saltos finos e altos, oscilando os seios de uma forma que me deixa excitado... e tu simplesmente sorris e encostas-te ao meu lado fingindo olhar a porta indiferente às três pessoas que ainda entram depois de ti.


O elevador sobe e eu observo-te pelo canto do olho e sinto que me observas também...

O elevador pára saem duas pessoas e volta a subir... que vontade tenho de te agarrar, passar as mãos nas coxas, sentindo a curva apertada pela saia justa, abrir a blusa e possuir na minha boca os teus mamilos excitados e salientes que me enlouquecem...

O elevador pára de novo e tu e o outro dirigem-se para a porta... ele sai e tu ficas de costas para mim.

A porta fecha-se e tu tiras uma chave da mala que introduzes no comando do elevador que agora sobe sem parar até se deter subitamente entre os dois últimos andares... Então, voltas-te para mim devagar olhando-me nos olhos com aquele olhar penetrante que tanto me excita e eu, sinto o tesão crescer em mim junto com o teu olhar descendente que se detém no meu sexo apertado...

Avanço então para ti e as nossas bocas juntam-se num encontro de lábios e línguas que se misturam, abraçados, apertados enquanto entalo a perna entre as tuas coxas que afastas para melhor sentires como a esfrego e aperto contra o teu sexo.

Aperto-te as nádegas e subo-te a saia justa até ao limite sensual das meias... abres a blusa e libertas os seios nus diante da minha boca com um excitante “devora-os!”...  e eu não me faço rogado com tal oferta que tu sabes que há muito me excita e lambo os mamilos em volta e chupo com tesão abocanhando os seios com prazer...

Então sinto as tuas mãos que me abrem as calças e me puxa para fora o falo excitado que apertas...

Enlouquecido pelo tesão que despertas em mim, procuro de novo a tua boca mas tu não consentes logo o beijo... e mordes e chupas os meus lábios, segurando-me e dominando-me pelo sexo como dominarias um garanhão pelos arreios...

O meu tesão está a tornar-se selvagem... domina-me uma vontade louca de te lamber e chupar o sexo... tento baixar-me mas tu impedes-me apertando-me os cabelos... “Não, agora não! Temos tempo...”

Eu respondo impaciente: “estou-louco para te fazer gozar na minha boca!”. “Mais logo vais estar ainda mais...” - respondes tu.

Então largas-me de repente o pénis e acabas de levantar a saia até à cintura revelando uma deliciosa vagina, ladeada por uma floresta curta onde se junta a torrente do teu desejo...

Foi a gota de água... ergo-te contra a parede do elevador que oscila e enterro-me de uma vez em ti...


E que sensação mágica sentir-me entrar e afundar em ti, apertado pela teu sexo palpitante... sentir o teu abraço gostoso, o cravar dos dedos nos meus ombros, o teu arfar excitado e a tua respiração quente na minha boca...

Nunca vou esquecer como fodemos ali naquela tarde em que o tempo parou, em que em cada minuto vivemos a eternidade. Ainda sinto a tua boca na minha, os teus mamilos duros a roçar o meu tronco, o aperto da tua vagina à beira do orgasmo... numa cavalgada louca em que, apoiada nos meus ombros e numa sintonia perfeita, contrarias com força o ímpeto das minhas investidas...

Por duas vezes travo a ejaculação para me vir contigo, mas já não aguento mais... “veeeeemmm!” Sinto que estás quase e esfrego a minha púbis contra o teu clitóris quando me enterro em ti, o meu dedo maroto pressionando e entrando devagar no teu ânus...

Então sinto-te estremecer num espasmo, as tuas unhas na minha carne, um gemer que cresce até ser grito... apertas-me mais e grito num misto de dor e prazer que me invade de rompante... aperto-te muito mas quase caímos, escorregando encostados na parede sem nos soltarmos, ficando sentados frente a frente, encaixados um no outro...

Mas tal como a Cinderela à meia noite tu também tens de ir... Somos casados... Não me deixas um sapato mas um “Eu ligo-te amanhã. Tiramos a tarde?” acompanhado de um piscar de olho.

Antes de saíres ainda te pergunto - “como conseguiste a chave do elevador?”

Respondes-me simplesmente com um sorriso maroto - “Diz-me Pedro, tu recusavas-me alguma coisa?”

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